Depois de conquistar 51 finalizações antes de chegar a faixa-preta, Kron Gracie acabou estreando na faixa com derrota no mundial de 2008. Mas em seu segundo campeonato de faixa-preta, Kron provou que já deu a volta por cima e mostrou o Jiu-Jitsu que o consagrou nas faixas anteriores. Em conversa com a TATAME, logo após deixar o tatame com o ouro garantido, o campeão falou sobre as dificuldades encontradas na faixa-preta, mas segue sempre em busca da finalização.
“Não tem moleza na faixa-preta, mas eu não vou parar de lutar até estar dormindo ou até o juiz falar pra parar. Então, se o cara está ganhando nos pontos... É claro que eu não quero começar a luta perdendo, nem tomar nenhum ponto, mas isso não quer dizer que eu vá parar de lutar”, afirmou Kron, dedicando o título ao avô, Mestre Hélio Gracie, que faleceu na última quinta-feira (29): “quando eu soube que ele tinha falecido, falei que esse campeonato seria pra ele. Ele sempre me falou muita coisa que eu guardo até hoje, ele é o cara que criou o Jiu-Jitsu e deu condição de vida pra todo mundo que está vestindo um quimono. Ele fez tudo, né? Tudo que eu sou hoje foi ele quem fez. Ele faleceu e completou sua missão, meu pai completou a missão dele e eu estou querendo ver se faço o meu melhor pra estar no mesmo nível que eles”.
Com a conquista do seu primeiro título na faixa-preta, o Gracie segue em busca do Mundial, que escapou em 2008, mas ainda não pensa em disputar o absoluto. “Enquanto o peso fica difícil, vou trabalhar só no peso. Só tenho 20 anos, não tenho força de homem ainda. Quando eu conquistar meu peso, vou pro absoluto”, conta o filho de Rickson Gracie, pensando no MMA: mas apenas no futuro. “Tenho o vale-tudo na minha cabeça, mas lá na frente. Ainda quero fazer muita coisa no Jiu-Jitsu, muita coisa na preta e conquistar muito mais ainda. Não estou nem pensando em vale-tudo agora, mas sou lutador e vou lutar de tudo quanto é tipo”, finalizou Kron.
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